O que dizer deste livro...
Vejamos... Há pontos muito, muito bons, e alguns relativamente cansativos, levemente maçantes, mas que em momento algum fazem deste livro um livro chato.
O pai, mafioso, que, pego pelos federais, foi obrigado a delatar os grandes de sua 'família', acaba obrigando toda a família (esposa e filhos) a mudar suas vidas, sob novas identidades, em um novo lugar.
E, ainda que precisem de discrição, cada um age de maneiras, relativamente, inusitadas, fazendo as coisas ao seu bel prazer.
O livro é divertido, direto e sem enrolações.
O pai, considerado um zero à esquerda pelos filhos e pela esposa, traz dilemas interessantes, fazendo consigo um diálogo às vezes bastante profundo.
Fazendo várias alusões ao mundo da máfia, levando o leitor a entrar neste mundo e pensar como um mafioso, o autor faz um trabalho excepcional, não deixando pontas soltas e, ainda, provocando a vontade do leitor a querer saber mais desta família, mais sobre a máfia e os que vivem nela ou dela.
A escrita é bastante agradável, com um texto cheio de expressões e sacadas irônicas, que fazem a graça da história, sem ser pedante ou jocoso demais.
Os poucos momentos em que senti vontade de deixar a leitura de lado se resumem à monólogos extensos demais de cada um dos personagens.
Afinal, como é ser banido, perder sua identidade e sua vida? Qual o tamanho do conflito gerado por tudo isso?
E, assim, nestes momentos, há algumas inflexões e reflexões que se excedem, mas que não tornam o livro ruim. De maneira alguma.
Foi adaptado para o cinema como A Família, tendo como protagonistas os veteranos Robert De Niro e Michelle Pffeifer.
Recomendo a leitura.
Nota 9,5!
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